Deco

Na Madruga é onde mora o perigo
Era o destino
Assim perdi um grande amigo, um parceiro
Sempre lado a lado caminhando
Aquele dia eu não estava com meu mano
No escadão
Sempre ficamos ali
A Hora errada não era pra se divertir
Aquela noite um lugar errado, num boteco
Essa é a historia do meu parça nego Deco

Duas e tal da madrugada de uma sexta-feira
Deco de bobeira sentado no Escadão
E ali descendo do morro um cara perigoso de dedo nervoso Afim de confusão
Deco teve chance de fugir
Deco teve chance de negar
Deco teve chance de mentir
Mas não mentiu

O cara disse para o Deco se meteu comigo tá vendo o perigo
Deco disse não
Vi na penúria e desatino Ferro engatilhado Deco baleado Haja coração não
Ele caiu não reagiu e a minha lágrima rolou
Na amolação de ligação e dor
E mais um Teco então se ouviu e a favela se calou Quebrador

Não sei porque na esquina do Morro o que não falta é notícia
É fácil ver que pra sobreviver tem que ter certa malícia
É isso aí quem bate com a diretriz da polícia
Ver o bandido assaltar ver que ele foge de vista
O pátria amada idolatrada está ruim de viver
Mas filho teu não foge a luta nem se desfalecer
Vamos parar com a disparada e parar pra rever o dever

O sol despertou na calada
Ninguém pra falar descrever Opinar pra que
Se a barra é pra lá de pesada
Ninguém pra falar escrever opinar pra que