O que eu fiz
Esse fardo eu já não aguento
E já nem resta qualquer remendo
Escrevendo, escrevendo todo dia noite adentro
Isso só se aglomera e não passa
Num quarto fechado inalando fumaça
Unicas vezes que rezo é pra morte
Escapo da mesma e não acho que é sorte
Abandono ilusão e deixo de viver
Apenas existindo desejando morrer
Inútil, qualquer coisa que eu faço é fútil
Perdeu-se o sentido em tudo
Me esgueiro na beira do nada
Como um pulo no escuro
Como defunto
Me recuso
Do mundo