Banquete
Meu bem quando me pega bem de jeito
É como despencar de um trampolim,
É como ouvir um tiro, um dó de peito,
Um grito de prazer ou coisa assim.
Meu bem só me procura se tem fome
E nunca me aventuro a dizer não.
Nem sei se sou a deusa desse homem
Ou só um brinquedinho em suas mãos.
Mas bem que gosto disso, eu desatino
Quando ele me abocanha feito louco,
E tudo explode em chamas quando sinto
Que estou de corpo e alma em sua boca.
Amor açucarado não me toca,
Eu quero é ser moído nos seus braços,
Eu quero me acabar, virar paçoca,
Farelo de comida no seu prato.
Meu bem quando me pega bem de jeito
É como despencar de um trampolim,
É como ouvir um tiro, um dó de peito,
Um grito de prazer ou coisa assim.
Meu bem só me procura se tem fome
E nunca me aventuro a dizer não.
Às vezes me pergunto se sou homem
Ou só um mamulengo em suas mãos.
Mas bem que gosto disso, eu desatino
Quando ela me abocanha feito louca,
E tudo explode em chamas quando sinto
Que estou de corpo e alma em sua boca.
Amor açucarado não me toca,
Eu quero é ser moído nos seus braços,
Eu quero me acabar, virar paçoca,
Farelo de comida no seu prato.