Pout-Pourri Modas de Viola
Cuitelinho
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia,ai, ai
Cavalo Enxuto
Eu conservo a minha tropa
O meu cavalo ensinado
O fazendeiro moderno
Só me chama de quadrado
Namoramos a mesma moça
Veja só o resultado
Viúva Rica
Pra se viver do trabalho
É demais a concorrência
É carteira pra carvalho
E carta de referência
Quanto mais ganha mais gasta
Na rabeira da carência
Trabalhar pra quem é pobre
É gostar de penitência
O trabalho da cansaço
E suor de experiência
Trabalhar por trabalhar
É relaxar a competência
De trabalhar ninguém morre
Nem de fome quem não queira
Faça sol ou faça chuva
Mundo velho é sem porteira
O meu rosário de queixa
Eu jogarei na corredeira
Qualquer barranco é um porto
Qualquer pedra é uma cadeira
Deus me deu o lar no mundo
E a saúde como esteira
Minha mãe me deu a luz
E a vida sem canseira
Viola, minha viola
Viola, minha viola
Cavalete de pau preto
Corro com você nos braços
De joelho me prometo
Viola, minha viola
De jacaranda e canela
Na alegria ou na tristeza
Eu vivo abraçado nela
Minha viola vivida
Eu ganho a vida com ela
Não aprendi a fazer guerra
Na escola de cantoria
Fazer guerra é muito fácil
Quero ver fazer poesia
Com está viola divina
Um pedido vou fazer
Para Deus matar a morte
Pro cantador não morrer
Enquanto existir viola
Cantador tem que viver