Braço Magro
Pessoa geme, entrega a boca, o beijo, o braço magro, boa noite
Encosta o gosto azul, o desencontro ganha o ar e abre os olhos
Por um minuto quase que desenha um gozo um erro
Um sopro, um nó de noite, treze luas passam devagar
Pessoa desafoga em seu lugar de costas, músculo sem cor
Sem peso do seu lado, a cintura, a nuca, o pelo do nariz
A noite fria espera o seu sonho e morre em forma de degelo
A sombra oca que escorre no lençol
Não era pra você dormir
Não era hora de apagar
Pessoas queriam calor
Um pouco não custava dar
Não era justo despertar
O corpo já não tinha ar
Não era como permitir
Acabar