Horas de Fado

Artur Ribeiro e Armando Machado

Horas de solidão, horas de fado
No meu andar perdido, a razão
Horas de ser poema amargurado
A falar de pecado e de traição

Horas de ser poema e não poder
Gritar, gritar até que fique rouco
O meu castigo de viver viver
Castigo de não ser ainda louco

Horas de solidão recomeçadas
De cada vez que fico só assim
Horas que vão ficar em mim paradas
Até que novo amor renasça em mim

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