O Brincante
Ricardo Fabião
Ei, moço do brincar sem fim
Um quê de além colheste assim
Meu boi-bumbá, meu capitão
Encantador de multidão
Com que verbo escreveste a história
Que se lê em tua mão?
Ó navegante de além-mar
De além-seguir, de além-brilhar
Ó meu brincante prosador
Doce artesão de luz e cor
Com que dança encaraste a estrada
Que a arte a ti mostrou?
Clãs e fãs
E os mil sons das matas
Estão no bum do teu tambor
Céus e sóis
E a canção dos ventos
Vêm nos dizer o teu amor
Ó guerreiro, guardião das tribos
De onde vem tanta paixão?
Que estrela inspira no infinito
Teus desejos de amplidão?