A Hora do Brasil

Eu fico cansado de ver a maldade no meio da rua
Aqueles que ganham a vida daqueles que perdem as suas
É gente que quer o mal pra gente que faz o bem
É gente de dignidade que vive com medo de quem não tem

Diziam que eram coitados, amordaçados pela censura
Agora, desfilam nas bancas e imprimem a própria ditadura
Pobre de ti, Betsaida!
Ai de ti Corazim!
Dessa nossa garganta, virá o juízo do teu fim

Antes mesmo de toda guerra, antes mesmo de eu nascer
No principio era o verbo, e o verbo era Deus

Eu sei que eu vou viver
E, um dia eu hei de ver
O meu país aos Teus pés, Deus
Eu sei que eu vou viver
E um dia eu hei de ver
O meu país aos Teus pés

A terceira série "C", do ensino fundamental
Começa mais um seminário, recitando esse jogral
O homem do mundo moderno, tão capaz, tão global
Voltou para a idade da pedra, ou voltou para Neanderthal

Ainda não fiquei louco, meu cérebro vive em paz
Não preciso aprender quem eu sou nas pobres páginas dos jornais
Eu prego, canto, louvo, fico rouco de profetizar, enquanto eu tiver fôlego
Enquanto eu respirar

Agora, a liberdade é tudo o que eu quero viver
He took me from the jail, to the Holy house of rock!

Eu sei que eu vou viver
E, um dia eu hei de ver
O meu país aos Teus pés, Deus
Eu sei que eu vou viver
E, um dia eu hei de ver
O meu país aos Teus pés

A Hora do Brasil: Um Grito por Justiça e Fé em Meio ao Caos Social

A música A Hora do Brasil, da banda Resgate, é um manifesto que reflete sobre as mazelas sociais e políticas do Brasil, expressando um desejo de mudança ancorado na fé cristã. A banda, conhecida por suas letras que abordam temas espirituais e cotidianos sob uma perspectiva cristã, utiliza a música como um meio de protesto e esperança.

No início da letra, o vocalista se mostra cansado da injustiça e corrupção que observa nas ruas, onde pessoas de bem são prejudicadas por outras sem escrúpulos. A crítica se estende aos meios de comunicação, que antes reprimidos pela censura, agora parecem impor uma nova forma de ditadura através da informação. As referências bíblicas a Betsaida e Corazim, cidades repreendidas por Jesus por sua incredulidade, sugerem um paralelo com a sociedade atual, que mesmo diante de tantos sinais, permanece indiferente às questões morais e espirituais.

A música também aborda a educação e a cultura contemporânea, criticando a superficialidade com que o conhecimento é tratado e a regressão intelectual e moral da sociedade. A banda reforça sua identidade cristã ao afirmar que, antes de qualquer conflito ou era, já existia uma verdade eterna, que é Deus. A repetição do verso 'Eu sei que eu vou viver, e um dia eu hei de ver o meu país aos Teus pés, Deus' é um clamor por uma nação transformada e submissa a princípios divinos, uma esperança de que, apesar dos problemas, há uma promessa de restauração e justiça.