Libido de Esquina
RENATA SOUTO MAIOR ARRUDA
Libido de esquina
Sei do mundo colorido
Desse mundo marginal
Meu destino, faço rumo
E acho sempre um final.
Toda vez a mesma coisa
Não consigo esquecer
Vem sem volta e aí me pega
Fico entregue a você.
E é sempre armadilha
Que eu já sei onde vai dar
Tudo é simples como vento
Que arrasta do lugar
Muda tudo de tamanho
Ganho outra dimensão
Quando penso já voei
Sem tirar o pé do chão
Penso coisas, fico quieta
E só penso em você, fico entregue,
Mas não vou, acho que não vou querer
Volto sempre ao destino
Sem saber onde vai dar
Se um dia vou morrer
Quanto tempo vou durar?
Libido de esquina tudo da inspiração
A bebida, um trago, o sentido, a contramão.
