Tempero da Vida

O ranger dos dentes da boca seca e calada
À espera de um ai


O bater ansioso das unhas dos dedos
Que esperam tocar


Os pés suam parados, não sentem terra nem ar
Anseiam, anseiam, anseiam, anseiam


Os reflexos são o fio da navalha
Pra dar o bote, o impulso basta


Os sofrimentos e angústias que temperam a vida
Vida longa, curta, suja, vida travestida


Os olhos cerram cansados embebidos em vastas memórias


Nas veias o sangue arde à espera de mais


Os pés suam parados, não sentem terra nem ar
Anseiam, anseiam, anseiam, anseiam


Os reflexos são o fio da navalha
Pra dar o bote, o impulso basta


Os sofrimentos e angústias que temperam a vida
Vida longa, curta, suja, vida travestida


Os sofrimentos e angústias que temperam a vida

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