Sangue Verde
Celdo Braga
Amazonas
Das mulheres guerreiras
Amazonas
Das lindas corredeiras
Amazonas
Das selvas perdidas
De mil tribos feridas
Pelas mãos traiçoeiras
No silêncio da noite
No clamor da agonia
Repousa o gigante
Pra tombar no outro dia
Só a brisa reclama
Só o vento assovia
Só o rio testemunha
Tanta selvageria
Corre o rio Amazonas
Numa eterna sangria
Sangue verde lavando
O que a lama escondia
Segue história ocultando
Tanta dor e agonia
Segue a selva chorando
Esperando outro dia
Segue a selva chorando
Segue índios morrendo
Segue os brancos matando