Á Margem da Sociedade
Enquanto você vive no luxo
Eu uso o seu lixo para sobreviver
Sou desprezado por todas as pessoas
Elas preferem não me ver
Por que finges que não me vê?
Estou aqui na sua frente
Por que finges que não me vê
Pareço lixo, mas também sou gente
Eu durmo em uma cama de pedra
Coberto com as notícias que você leu
A noite só não é mais fria
Do que os nãos que eu recebo todo dia
Eu não pago impostos, não tenho moradia, nem identidade
Não faço parte da sociedade
Não tenho emprego fixo, vivo à revelia
Esta é minha realidade
Estou à margem da sociedade
Mas apesar dos dentes podres, das minhas roupas sujas
E dos meus pés descalços
Só preciso de uma oportunidade