Febre

Caio MacBeserra / Vini Castellari

Na pele, no coro
Do pé ao pescoço
Serrando teu osso
Vem pra derrubar

Navalha na alma
Bagunça as idéia
Suga as energia
Desequilibrar

Aquilo que foi pensado, tramado, apontado e executado
Aqui bate e volta, mandinga não pega
Sem choro nem vela, já foi avisado
Que o meu santo é forte, nem tenta a sorte
Então fica ligeiro de olho no tempo
O que é teu tá guardado e vai voltar

Fere a alma
Um parasita fraco
Suga o indivíduo
O torna submisso
Injeta toda dor, rancor
Não importa sua crença, classe ou cor

Esses rostos sem faces omitem
A verdade pra te envenenar
São seres ancorados na mágoa
Te puxando pra baixo pra se levantar

Na pele, no coro
Do pé ao pescoço
Serrando teu osso
Tenta derrubar

Na pele, no coro
Do pé ao pescoço
Serrando o teu osso
Vem pra derrubar
Mas nosso santo é forte, nem tenta a sorte
Então fica ligeiro
Por que o que é teu vai chegar

Não enxergue o mundo pelas frestas
Vivos e mortos estão a te rondar

Isso é uma febre
De todos que apontam, furtam, ladram, omitem a verdade
Manipulam, sujos, rostos sem faces

Isso é a febre

Mesmo você não os vendo
Eles estão aqui a te vigiar

Febre
De todos que apontam, furtam, ladram, omitem a verdade
Manipulam, sujos, rostos sem faces

Isso é a febre
De todos que apontam, furtam, ladram, omitem a verdade
Manipulam, sujos, rostos sem faces

Vai!

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