GEIZA
Resu-, resu-, resurrect
Diz, avisa, fiz a fé
Fugi da prisa, feliz a pé
G's a Geiza a alisar pedra
Eu venho do credo, venho do pó, venho do belo
Descansa no sete, sempre direito ou ainda vira pa um L
Eu contra mim, será sempre o duelo
Cheguei ao cinto preto e pus uma medusa nele
'Tou com um casaco de peles que me saiu do pêlo
'Tou a bazar, ganda téni, mas não finjo correr
Eu 'tou com uma nuvem no pé, mano, eu vim chover
Podem falar na minha back, pus no brinco o gelo
(Por isso é que eu) ouço gelo na orelha a tocar rock lá
Com a cruz agarrada ao colar (hoje eu 'tou drippin)
Acho que me vesti no meio duma tempestade
O drip diz que o tempo está
Mas quem o usa, nem no tempo está
É o da sigla PJ, tchk na shotgun, vim matar o jogo cá
Abri uma boca, a escrita é droga, há fila p'a comprar
Fiz c'a cor da brita, o quadrado disco de Platina
Eu dei beijoca à dama mais louca, mano, e custou caro
Com ela é só casamento, não é p'a quem quer brincar
Por isso resu-, resu-, resurrect
Me'mo que o caixão 'teja fechado com pregos
Do chão, a cabeça não é mais alta que o pé
Eu só penso com a cabeça apontada ao céu, yeah-yeah
P'a ouvir melhor, rapo o cabelo
Sem cap, claro, dei ao Dave o chapéu
Será que a minha escrita se percebeu?
Será que a tua mente vai-me pôr num museu?
Yeah-yeah, yeah-yeah, digo ao vizinho: "Mékié?"
Na estrada eu zigo-zago, yeah
Qual dos caminhos é que é?
'Tou na Cidade de Deus a fugir do Zé Pequeno
Pai, eu perdi-vos again, no muro eu dei riscos a can
Com a pergunta: "Dei mais ouvidos a quem?"