Feliz Foi Ary Barroso

Luiz Galvão / Pietro Leal

Eu dou valor
À mão que prepara o terreno
Para a chuva e o sereno
Molhar o chão

E como não
Há regra sem exceção
Dá-se a boa gota d?água e a plantação

Flora, brota, cresce e frutifica
E o lavrador dá o duro
E duro ganha o troco
E muita gente enrica

E eu fico na maior felicidade
Quando a tecnologia e a ciência
Trazem benefícios a humanidade

Mas por outro lado
Eu fico ?p? da vida
Gago e até fanho
Com a selvageria da mídia
As vezes alienada
E até doida varrida
Eu não acho a mínima graça
Em ver a poesia arte
Proibida na praça

E apesar
Da dita mole que já foi dura
Saudades dos 60
E dos anos 70

De tanta musa
E o produtor musical
Era o pai de Cazuza

Um cara maneiro
Que um dia quis ser cantor
E até hoje canta no banheiro
Canta no chuveiro
Canta io,io,io

E a minha preta, preta pretinha
Não pagou ingresso
Pra entrar na parada de sucesso.

Bote fé
Ficou oito meses
em primeiro lugar
sem pagar um centavo sequer.

Mais hoje tá
Tá seboso tá que tá
Feliz fo Ary Barroso
Que não viveu no tempo do jabá. (2x)

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