O Conto, a Selva e o Fim
Sem sinal
Espera a água ferver
Breve em seu lar
Mais uma história sem fim
Papel na mão
Sente o aroma filtrar
Dois ou três goles depois
Sabe o que vai se falar
E na floresta, a menina
Vagando lá, sol, si, lá
O assovio da linda menina
Para o mais belo dos sabiás
A natureza lhe fascina
E a vontade de se atirar
E és tu o homem de Cristo
Que fala com o indicador
E o lombo quer encilhar
E se gaba por ser um ator
Mas não pensa sem salivar
E lá vai a menina moleca
De galho em galho cantar
Quer fugir desse louco abismo
Onde tudo e nada mudou
"Segure-se firme" - diz ela
"Dê a mão, vamos sonhar"
E és tu o agente de Cristo
Que anda de arma na mão
E só crê perante o altar
E não sabe que somos irmãos
E, portanto, deixamos voar
Curva as costas, já não tem
O brilho do final
E o que foi não é
E o que foi não é, então vem
Cai as gotas do varal
Sabe que lá tem
O seu algo a mais
O seu algo a mais, então vem
Para e pensa mais além
Saiu no jornal
E se o vento vem
E se o vento vem, também vai
Então vem
Então veio o seu final