Surungo do Campo Fundo

Me chego pro posto do campo do fundo
Mulher e surungo me adoçam de gosto
A entrada é dez pila, rodeio a guaiaca
E o cabo da faca, na luz, se perfila
A entrada é dez pila, rodeio a guaiaca
E o cabo da faca, na luz, se perfila

Em baile de cobra, não vou sem porrete
Quem baila em piquete, seus olhos desdobra
Boteja rolhada, deixei na macega
E a canha me alegra na quarta bicada
Boteja rolhada, deixei na macega
E a canha me alegra na quarta bicada

Viola e cordeona na luz do candeeiro
E os zóio' matreiro dumas querendona'
Não tenho sossego num baile macota
Taqueio co'as cota e balanço o pelego
Não tenho sossego num baile macota
Taqueio co'as bota e balanço o pelego

Com alguma pinguancha, me agarro em cambicho
Me encurto e me espicho na volta da cancha
No chão da bailanta, eu cravo a coqueiro
E neste terreiro, outro galo não canta
No chão da bailanta, eu cravo a coqueiro
E neste terreiro, outro galo não canta

Eu danço e balanço na volta da faca
Se um touro me ataca, termina boi manso
Me vou às macega' pra o último gole
E o ronco do fole, num bufo se entrega
Me vou às macega' pro último gole
E o ronco do fole, num bufo se entrega

A noite tá morta e enquanto me vou
A moça ficou me bombeando da porta
Lindaça e feliz, parece um retrato
Seu cheiro de extrato me adoça o nariz
Lindaça e feliz, parece um retrato
Seu cheiro de extrato me adoça o nariz

Curiosidades sobre a música Surungo do Campo Fundo de Pedro Ortaça

Quando a música “Surungo do Campo Fundo” foi lançada por Pedro Ortaça?
A música Surungo do Campo Fundo foi lançada em 1982, no álbum “Missões, Guitarra e Herança”.

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