Milonga do Peão de Agora

No meu destino de peão eu sofro muito por dentro
Pois sinto que sinto o centro de grandes transformações
Aos golpes a evolução tira-me tudo o que quero
E para ser bem sincero me julgo um peão no direito
De guardar dentro do peito as coisas que mais venero

Rodeios, tropas, repontes de gados campo a fora
Som de barbela de esporas, e a atração dos horizontes
Repechos, várzeas, aprontes para um linda campeira
Do peão que a vida inteira tem por únicos regalos
Mulher, guitarra e cavalos e a estrada por companheira.

Não só pressentimento rodam os meus dias atuais
Já vejo as horas finais até dos divertimentos
Ramadas e carreiramentos e os domingos nos bolichos
Deixaram de ser cambichos pra gauchada de agora
Quem anda a toa estrada a fora sem luxos e sem caprichos.

E por isso tenho direiro de resguiardar o que quero
E aquilo que mais venero rejuntar dentro do peito
E evolução não rejeito apenas o que eu anceio
É que ela não ache meio de transformar-me por dentro
Pois meu coração é o centro de um permanente rodeio.

Curiosidades sobre a música Milonga do Peão de Agora de Pedro Ortaça

Quando a música “Milonga do Peão de Agora” foi lançada por Pedro Ortaça?
A música Milonga do Peão de Agora foi lançada em 1981, no álbum “Chão Colorado”.

Músicas mais populares de Pedro Ortaça

Outros artistas de Regional