Nos Rumos da Berlinda
Eu descanso a voz na voz da multidão
Que te aclama e te conduz em procissão
Sou romeiro nesta Terra
Que ansioso agora espera
O momento de te ver passar por mim
Neste canto do Brasil ó Mãe de Deus
És do povo a voz que sempre chega aos céus
Índia terra onde a arte é sabor que se reparte
E enfeita as longas ruas de Belém
Na alegria desta cor Marajoara
Nosso Círio se ilumina pra te ver
Pois na alma Paraense é sempre outubro
E a alegria não desiste de vencer
E quando a luz do dia iluminar o nosso chão
E a corda pelas ruas enlaçar meu coração
Irei sofrendo as dores do meu povo
Que luta e não desiste de sonhar
De todos os recantos desde o Norte até o Sul
De todos os lugares se encaminham procissões
Que vão seguindo os rumos da Berlinda
Sabendo que o teu Filho nela está
E assim vou te seguindo, Senhora de Nazaré
Quem anda nos teus passos não se perde de Jesus
De Círio a Círio aos poucos
Vou subindo na estrada que me levará aos céus