Boate Azul/ Som de Cristal
Doente de amor, procurei remédio na vida noturna
Com a flor da noite em uma boate aqui na zona sul
A dor do amor é com outro amor que a gente cura
Vim curar a dor deste mal de amor na boate azul
E quando a noite vai se agonizando no clarão da aurora
Os integrantes da vida noturna se foram dormir
E a dama da noite que estava comigo também foi embora
Fecharam-se as portas, sozinho de novo tive que sair
Sair de que jeito, se nem sei o rumo para onde vou?
Muito vagamente me lembro que estou
Em uma boate aqui na zona sul
Eu bebi demais e não consigo me lembrar se quer
Qual era o nome daquela mulher, a flor da noite da boate azul
A casa noturna se mantém à noite em clima de festa
De longe se ouve vários instrumentos de cordas e metais
Boêmios bebendo, cantando e dançando ao som da orquestra
Um som estridente que lhe deu o nome de som de cristal
A casa noturna boate falada, lugar de má fama
Com as portas abertas durante a noite entra quem quiser
Porém nesta noite, sem que eu esperasse, entrou uma dama
Fiquei abismado porque se tratava da minha mulher
Ela se cansou de dormir sozinha esperando por mim
E nesta noite resolveu dar fim a sua longa e maldita espera
Ela não quis mais levar a vida de mulher honrada
Se na verdade não adiantou nada ser mulher direita conforme ela era
Ela decidiu abandonar o papel de esposa
Para viver entre as mariposas que fazem ponto naquele local
A minha vida muito mais errante agora continua
Transformei a esposa em mulher da rua
A mais nova dama do som de cristal