Mercedita
Que dulce encanto tienen
Tus recuerdos, Merceditas
Aromada florecita
Amor mío de una vez
La conocí en el campo
Allá muy lejos una tarde
Donde crecen los trigales
Provincia de Santa Fé
Y así nació nuestro querer
Con ilusión, con mucha fé
Pero no se por que la flor
Se marchitó y muriendo fué
Y amándola con loco amor
Así llegue a comprender
Lo que es querer, lo que es sufrir
Porque le dí mi corazón
Como una queja errante
En la campiña va flotando
El eco vago de mi canto
Recordando aquel amor
Pero a pesar del tiempo
Transcurrido es Merceditas
La leyenda que hoy palpita
En mi nostálgica canción
Y así nació nuestro querer
Con ilusión, con mucha fé
Pero no se porque la flor
Se marchitó y muriendo fué
Y amándola con loco amor
Así llegue a comprender
Lo que es querer, lo que es sufrir
Porque le dí mi corazón
Mercedita: Uma Ode à Nostalgia e ao Amor Campestre
A música Mercedita, interpretada pelo grupo Os Serranos, é uma expressão lírica de amor e nostalgia, imersa na cultura rural e nas tradições do campo. A letra da canção evoca a doçura e a pureza de uma lembrança amorosa, personificada na figura de Mercedita, descrita como uma 'aromada florecita', uma flor perfumada que simboliza a delicadeza e a beleza do amor vivido pelo narrador. A referência à 'provincia de Santa Fé' localiza a história na Argentina, o que é coerente com as raízes do grupo Os Serranos, que é conhecido por interpretar músicas tradicionais do sul da América Latina, especialmente do folclore gaúcho e das regiões pampianas.
A narrativa da música descreve o encontro do eu-lírico com Mercedita no campo, um lugar onde a natureza é exuberante e os trigais crescem, simbolizando a fertilidade e a vida. O amor que nasce entre eles é carregado de 'ilusión' e 'mucha fé', elementos que destacam a esperança e a crença na força desse sentimento. No entanto, a canção também aborda a dor e a perda, pois a flor do amor entre eles 'se marchitó y muriendo fué', uma metáfora para o fim do relacionamento, que deixa marcas profundas no coração do narrador.
A música se transforma em uma espécie de lamento que ecoa pela campina, levando consigo a memória desse amor. A persistência dessa lembrança ao longo do tempo é o que transforma Mercedita em uma 'leyenda' que palpita na canção nostálgica do eu-lírico. Através dessa história de amor e perda, Mercedita se torna um símbolo do amor campestre, da beleza efêmera dos sentimentos e da eternidade das memórias afetivas. Os Serranos, com sua música, conseguem capturar a essência de um amor simples e profundo, típico das narrativas rurais, e o transformam em uma melodia que ressoa com a alma de quem já amou e perdeu.