A Saudade e o Carreiro

Almezino de Souza Lima / Tomi Gomide

Já não se houve um estouro de boiada
E o berrante certamente emudeceu
Já não se ouve mais o grito de um carreiro
Infelizmente tudo desapareceu
Daquela estrada que passava boiada
Abandonada o asfalto cobriu o chão
Fico sentado na soleira do alpendre
Boiada ali só na imaginação

Vai saudade
Vai acabando com esse velho amigo seu
Não tem carreiro, não tem boi, não tem boiada
E o poeirão da estrada também desapareceu

Por quantas vezes transportei nessa estrada
Carga pesada que trazia do grotão
Longe se ouvia um cantar bem duetado
Bem apertado no chumaço e no cocão
Do coice tinha boi bordado e canário
E lá no meio ouro preto e campeão
Os bois de guia pente fino e numerado
Que atendia só no guizo do ferrão

Hoje tão triste recordo o meu passado
Fico lembrando dos bons tempos que se foi
Vejo meu carro lá de baixo da paineira
Tá sem esteira é tão triste sem os bois
Não tem cocão, não tem chumaço e nem fueiro
Não tem carreiro e o cabeçai-o está no chão
E nessas horas os olhos choram sem querer
Parece um sonho vejo tudo num telão

Curiosidades sobre a música A Saudade e o Carreiro de Os Dois Mineiros

Quando a música “A Saudade e o Carreiro” foi lançada por Os Dois Mineiros?
A música A Saudade e o Carreiro foi lançada em 2007, no álbum “Passa Lá Em Casa”.
De quem é a composição da música “A Saudade e o Carreiro” de Os Dois Mineiros?
A música “A Saudade e o Carreiro” de Os Dois Mineiros foi composta por Almezino de Souza Lima e Tomi Gomide.

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