Glória
Quando a brisa espalha
A essência de uma flor
Bela imagem surge no meu pobre coração
És tu que vem lembrar-me a quadra
Do primeiro amor
Vens prender mais ainda
As algemas desta escravidão
Tu és a glória de satã
No reino da traição
E tens no peito rubra pedra
Em forma de coração
Tua boca linda de maçã
É o fruto da perdição
Tu és a rocha, eu sou o mar
A te beijar
Mas a vida é cárcere divino
Temos o destino, branco ou purpurino
Escrito lá nos céus
Deus, ó, Deus
Tendo por caridade compaixão
Piedade da infelicidade
Que se abriga em mim
Enviai um raio de esperança
De rósea bonança
Para quem não cansa de sofrer assim
Pelo amor que teve a vida
Leve e passageira
De um pálido jasmim