Despacho
E num canto qualquer deste Brasil
Onde o mar seja verde o céu de anil
Irei levantar o nosso ranchinho
Eu vou fazer um despacho
Pra arranjar outro amô, amô, amô
Quem se arrasta é capacho
Mas eu não sou não sinhô, sinhô, sinhô
Meu coração tá por baixo
E que reflorir com as flô, ô, ô, ô
Os olhos foi feito pra luz
Os lábios foi feito pro beijo
A luz vem ter aos meus olhos
Os beijos ficam nos desejo, ai, ai
Pobre de quem leva a vida
Chorando a ventura perdida
Eu vou fazer um despacho
Meu coração não é capacho
Ai não, isso não!
Vou torrar duas asas de andorinha
Misturar com um pouco de farinha
Três gotas de azeite bem mexidinha
E você há de vê Iaiá!
Ai, que bão que vai ser Iaiá!
Como tudo se transformará!
E num canto qualquer desse Brasil
Onde o mar seja verde e o céu de anil
Irei levantar o nosso ranchinho
E você há de vê Iaiá
Ai, que bom que vai ser
Quando lá dentro mais um aparecer!