Araruta
Tu pedes, mandando
Faça o favor
A tua boca nunca diz
Tu cedes, negando
Com estes olhos
Que pra mim são dois fuzis
Sou mole, manhoso
Teus impropérios
Retribuo com brandura
Pois água mole
Na pedra dura
Tanto bate até que fura
Tu beijas, mentindo
A tua boca
Beija e mente sem sentir
Desejas, sorrindo
Que o teu perdão
Humildemente eu va pedir
Não peco, espero
Ainda a ver-te
Entre lágrimas bem mal
Meu bem, escuta
A araruta
Tem seu dia de mingau