Malandro Medroso
Eu devo, não quero negar, mas te pagarei quando puder
Se o jogo permitir, se a polícia consentir e se Deus quiser
Não pensa que eu fui ingrato, nem que fiz triste papel
Hoje vi que o medo é o fato e eu não quero um pugilato
Com seu velho coronel
A consciência agora que me doeu
E eu evito concorrência, quem gosta de mim sou eu!
Neste momento eu saudoso me retiro
Pois teu velho é ciumento e pode me dar um tiro
Se um dia ficares no mundo sem ter nesta vida mais ninguém
Hei de te dar meu carinho
Onde um tem seu cantinho, dois vivem também
Tu podes guardar o que eu te digo contando com a gratidão
E com o braço habilidoso de um malandro que é medroso
Mas que tem bom coração
A consciência agora que me doeu
E eu detesto a concorrência, quem gosta de mim sou eu!
Neste momento eu saudoso me retiro
Pois teu velho é ciumento e pode me dar um tiro