Julieta
Julieta
Não és mais um anjo
De bondade
Como outrora, sonhava
O teu Romeu
Julieta, tens a volúpia
Da infidelidade
E quem te paga
As dívidas sou eu
Julieta, tu não ouves
Meu grito de esperança
Que afinal, de tão fraco
Não alcança
As alturas do teu
Arranha-céu
Tu decretaste a morte
Aos madrigais
E constróis um
Castelo de ideais
No formato elegante
De um chapéu
Julieta, nem falar
Em Romeu tu hoje queres
Borboleta sem asas
Tu preferes
Que te façam carícias
De papel
Nos teus anseios loucos
Delirantes
Em lugar de canções
Queres brilhantes
Em lugar de Romeu
Um coronel!