Remorso de Pai
Aquele senhor
De gênio violento
Um dia pagou caro
Pelo seu procedimento
Tinha três lindas filhinhas
Todas de menor idade
Morando a pouco tempo
Num recanto da cidade
Tinha um automóvel
Do qual muito gostava
Não emprestava a ninguém
O seu carro ele adorava
Um dia sua filhinha
Com um prego enferrujado
Riscando a pintura
Deixou todo estragado
O pai enraivecido
Com aquilo que passou
Bateu na mão da filhinha
Até a hora que sangrou
A menina soluçando
Foi pro quarto a chorar
Amanheceu com gangrena
E a mão teve que cortar
Papaizinho, não chores tanto assim
Não quero te ver sofrer
Quando minha mão crescer de novo
No seu carro nunca mais vou mexer
O Pai não resistindo
As palavras da filhinha
E vendo o que fizera
A inocente coitadinha
E naquele desespero
Pôs fim nos dias seu
Morreu cheio de remorso
Pedindo perdão a Deus