Faz Tempo
Maurício Tapajós-Paulo César Pinheiro
Faz tempo
Que eu não sei o que é um sorriso
Livre, espontâneo
Faz tempo
Muito tempo
Que eu preciso arrancar esse sorriso
Desse vão subterrâneo de dentro de mim
Faz tempo
Que eu só sei ficar em casa
Triste, tão sozinho
Faz tempo
Que ela só vem de visita
Quando eu peço, ela me evita,
Depois segue o seu caminho e me deixa à mercê
Faz tempo
E quanto mais eu rememoro
Mais me calo, bebo e choro
E desespero por você
Faz muito tempo...