Cuitelinho
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua saudade corta
Feito aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d'água
Até a vista se atrapaia, ai, ai, ai
Vou pegar o teu retrato
Vou botar numa medaia
Com um vestidinho branco
E um laço de cambraia
Vou pendurar no meu peito
Que é onde o coração trabaia, ai, ai