Longe
[Refrão]
Sem esperar o que vem pra mim
Sem pressa, mas que seja breve
Que ainda tô longe do fim
Distante de toda essa merda
[Verso 01]
Talvez essa cê num conhecia
São podres e sólidas suas poesias
Recebemos mais pragas do que bençãos,
Sem um pingo de empatia eu tô
Pelos seus não, pelos meus luto
Pros seus luto
Sem pr'onde correr, o choro é livre
E o foco é fartura na mesa
Sem miséria taca fogo e brindem
Enquanto há tempo,
Por aqui eu já não tenho sido
O que deveria ser há tempos
Passei um longo período escondido
Passei poucas e boas vivendo
Como manda essa merda de ritmo
Mas não paro enquanto não é sustento
[Ponte]
Me ensinaram que nada é mais como antes
Principal é manter a cabeça intacta
As pessoas, lugares não são como antes
E como antes as intenções boas são as raras
[Refrão]
Sem esperar o que vem pra mim
Sem pressa, mas que seja breve
Que ainda tô longe do fim
Distante de toda essa merda
[Verso 02]
Quantos segredos mais guardados pra si mesmo?
E o que tenho na mão, é pouco, mas causa medo
Quantos se foram em vão por guerras que nem deles são
Quantos segredos são aprisionados sem sossego
Tranquei minha cara e fui achando que podia tudo
Sem correr perigo algum, vejamos claro o dilúvio
Pra mim mentindo sem nenhum motivo, interno absurdo
Lamentos sem sentido aqui, me encontro sem sentir daqui
Somos os próprios criadores das pragas
E eu sou o próprio criador do veneno
Vem de um eterno puro homem de lata
Me diga por mais quanto tempo cê aprisionará os segredos
[Refrão]
Sem esperar o que vem pra mim
Sem pressa, mas que seja breve
Que ainda tô longe do fim
Distante de toda essa merda