Orfão de Um Sonho Suspenso
Ditosos a quem acena
Um lenço de despedida
São felizes têm pena
Eu sofro sem pena a vida
Dôo-me até onde penso
E a dor é só de pensar
Órfão de um sonho suspenso
Pela Maré a vazar
E sobe até mim já farto
De improfícuas agonias
No cais de onde nunca parto
A maresia dos dias