Maria, Maria
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força (la la la la)
É preciso ter raça (la la la la)
É preciso ter gana sempre (la la la la)
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha (la la la la)
É preciso ter graça (la la la la)
É preciso ter sonho sempre (la la la la)
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
(La la la la da da le le la la la la)
(La la la la la eh la la la la)
(La la la la la eh la la la la)
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha (la la la la)
É preciso ter graça (la la la la)
É preciso ter sonho sempre (la la la la)
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá La la la la la la la eh
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá La la la la la la la eh
Maria, Maria: Um Hino de Resiliência e Esperança por Milton Nascimento
A canção Maria, Maria, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, é uma obra que transcende o tempo com sua mensagem de resiliência e esperança. Lançada em 1978, no álbum 'Clube da Esquina 2', a música se tornou um dos clássicos da Música Popular Brasileira (MPB), sendo interpretada como um hino de força e coragem, especialmente para as mulheres brasileiras.
A letra da música retrata a figura de Maria como uma representação de todas as mulheres, destacando suas lutas e a capacidade de enfrentar adversidades com determinação. A 'certa magia' e a 'força que nos alerta' mencionadas na canção podem ser interpretadas como a energia e a resiliência femininas, que inspiram e movem a sociedade. A repetição do nome 'Maria' reforça a universalidade da personagem, tornando-a um símbolo de todas as mulheres que, apesar das dificuldades, mantêm a fé e a esperança na vida.
A música também aborda a realidade de muitas pessoas que 'não vivem, apenas aguentam', sugerindo uma crítica social às condições de vida de muitos brasileiros. A 'dose mais forte e lenta' pode ser vista como as dificuldades diárias enfrentadas, mas que são suportadas com um sorriso, mesmo quando seria natural chorar. A 'estranha mania de ter fé na vida' é um traço cultural do povo brasileiro, que apesar dos desafios, mantém o otimismo e a capacidade de sonhar com dias melhores. Maria, Maria é, portanto, um convite à reflexão sobre a força feminina e a resiliência humana, elementos essenciais para a superação dos obstáculos da vida.