O Ser e a Luz (Ou Um Ótimo Aluno Em Jogos de Azar)
Percorri cada milímetro na escuridão
O vale das sombras foi meu bosque encantado
Diversão, na tortura psicossocial
Campos verdejantes virando caatinga
Florestas corpulentas se tornando cerrado
Banalidade corriqueira no ato casual
Nunca fomos bons em geografia
Mas temos noção de onde devemos estar
A sorte foi cruel, nessa vilania
Nos demos bem apenas em jogos de azar
Não sabemos calcular com maestria
Mas a expectativa é de poder somar
Ainda que o fracasso subtraia vida
As lições tiradas dele vem acrescentar
Nunca fomos muito bons em história também
Não compreendemos tempo, nem cronologia
As memórias vão além, da vã pedagogia
Aprender é um recurso bendito
Requisito definitivo para ensinar
Inicie comprometendo
Prossiga acentuado
Termine infinito
Para variar
Nunca fomos bons em ortografia
Mas dissertamos à vontade sem hesitar
Nunca dominamos idiomas e línguas
Fluentes na arte de como questionar
A sorte foi cruel, na ciência da vida
O mérito adveio dos jogos de azar