Homem de Negócios

Bendita é o fruto do nosso rap
OKlebin nos beats

Eu tenho uma mensagem pra posteridade
O ano é dois zero um sete
Vivemos numa sociedade
Súbita, sádica e cética
E é provável que o nobel esse ano vá pro homem com mais horas dentro de uma academia em vez de pro homem com mais horas dentro de uma formação acadêmica
Burrice, doença, indene
Minha rima traz sensação térmica
No trap eu te trago uma ideia
Sim, sou a favor da polêmica
Rótulo dispenso, e eu to suspenso de brincar de fazer flow com você
Se não tua levada vai ficar patética
Sem direito de réplica
Hoje eu apelei pra uma súplica
Meu santo se faz é de surdo
Sofre mais do que uma puta
E pra agradecer eu sou mudo
Minha vida é uma luta (ó)
Louco e fique só
Só pra ver como é o esgoto aqui fi
Esgoto aberto, mente aberta, rumo ao teto
Lucro certo, a porta fecha e perde a brecha
O dialeto é mira e flecha (ó)
Sem dois papo nem dois time, dois ouvido e nem sentimento
Fode esse beat à luz de vela, gela o rap foi meu momento (ó)
Sim sou arrogante igual um merda, fato que seu filho gosta
Talento não é algo que herda, se constrói com peso nas costa
Vim pra dobrar o teu preço sou compulsivo, viciado em apostas
Aposto que eu viro essa porra antes do fim do ano virar uma discórdia (ó)
Rap é carnaval de bandido
Bandeiras e armas a postos viu
Da policia pixado
Do lado anarquia pros nossos
Trono do ócio
Desde moleque coleciono sócios
Vim pra fazer do rap uma empresa
Bem vindos à mesa
Do homem de negócios
(Tarará tá tá, ahah, Tarará tá tá)
Do homem de negócios
(Tarará tá tá, Tarará tá tá)
Bem vindo à mesa do homem de negócios
Bendita é o fruto do nosso rap e do nosso dinheiro, porra

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