Contrassenso (part. Portela Solo e Niarb)
[Sid]
Uns para, repara, me encara
E só fala da vida dos outros, chove lá fora
Então vambora agora que
Eu tê vendo o ser humano se
Humilhar por pouco
Por tão pouco, seja o dinheiro
E eu vi uns parceiro se matando em troca de troco
Em troca de nada, a vida acaba, te ataca
É o Tico atrás do Teco
E os maluco resolve isso no soco
Eu quero iluminar, uns querem me eliminar
Mas ei, vivemos a lei de um limiar
Entre códigos, fugas, rótulos, bulas
Eu vejo pessoas mórbidas
Entre protótipos, urnas, tópicos, fui
Mas voltei pra deixar memória póstumas
[Portela]
Em tempo de gente seca, chova amor
Chuvas de contradição
Em tempo de gente seca, chova amor
Tempos que ficarão
E ficarão poucos atrás de máscaras
Não vim em vão, não posso mais parar
Ninguém vai me esperar, não vou desesperar
Vou escrever pra desestressar
Destaque é inato, percepção vai além do tato
Céu é o teto, papo reto, direto do rato
Segundo o ato vim pra ser quem eu sou
Em terra seca plante amor
Em tempo de gente seca, chova amor
Chuvas de contradição
Em tempo de gente seca, chova amor
Tempos que ficarão
Em tempo de gente seca, chova amor
Chuvas de contradição
Em tempo de gente seca, chova amor
[Niarb]
A terra cheia de edema, não aguenta mais combate
Meditei, achei o problema e fui vender minha arte na praia de marte
Eu fiz minha parte e levei amor
Tempo leva o dinheiro, dinheiro te leva pro abate
Elevação espiritual
Com alquimia fiz a letra, filosofal
Ajudei com bem quem me fez o mal
Lobotomia com refrão no final
A sinfonia me ensina o que é real
[Portela]
Em tempo de gente seca, chova amor
Em tempo de gente seca, chova amor