Tô Fazendo Amor Com a Favela Toda (part. MC Fabinho da OSK)

Tô fazendo amor com a favela toda
Mas meu coração (babaca!)
Vai ser pra sempre teu
O que minha xota faz, tua pica perdoa
Foi tanta ostentação que me enlouqueceu

Te chamo de amor, te chamo de paixão
Mas me bota no ouro, com roupa de marca
Dentro de um carrão
Vou fazer o que for, até finjo tesão
Não me mostra dinheiro que eu fico louca
Eu perco a noção

Se o dinheiro acabou, o amor acaba também
Eu não tô de bobeira
Pra dar minha xota grátis pra ninguém
Já não sei quem botou, quem será que eu dei?
Só sei que eu tô rica, vida milionária
Que eu sempre sonhei

Chupa o bico do meu peito e mete com vontade (vontade)
Sussurrando desse jeito, eu gozo de verdade (oh, oh, oh, oh)
E se lá no vai e vem outro nome eu chamo (não liga não, amor)
Posso ter dado pra geral, mas é você que eu amo
Você é o meu banco

Filha da puta, interesseira
Vai ganhar madeira, vai ganhar madeira
Vai ganhar madeira, vai ganhar madeira
Filha da puta, interesseira
Vai ganhar madeira, vai ganhar madeira
Vai ganhar madeira, vai ganhar madeira
(Ele tá maluco, tem que tá desesperado)
(Caramba, o que é que é isso aqui, cara?)

Chupa o bico do meu peito e mete com vontade (vontade)
Sussurrando desse jeito, eu gozo de verdade (oh, oh, oh, oh)
E se lá no vai e vem outro nome eu chamo (não liga não, amor)
Posso ter dado pra geral, mas é você que eu amo
Você é o meu banco
Babaca!

A Crítica Social e a Ironia em Tô Fazendo Amor Com a Favela Toda

A música 'Tô Fazendo Amor Com a Favela Toda', interpretada por MC Jessica do Escadão e com participação de MC Fabinho da OSK, é uma obra que se destaca por sua abordagem direta e explícita de temas como sexualidade, materialismo e relações interpessoais nas comunidades. A letra, repleta de linguagem coloquial e termos chulos, reflete uma realidade crua e, muitas vezes, marginalizada pela sociedade.

A narrativa da canção gira em torno de uma personagem que, apesar de manter relações sexuais com diversas pessoas da favela, afirma que seu coração pertence a apenas um indivíduo. No entanto, essa declaração de amor é condicionada pela presença de dinheiro e bens materiais, sugerindo uma crítica à ideia de que o amor pode ser comprado ou influenciado por interesses financeiros. A repetição da frase 'vai ganhar madeira', um eufemismo para sexo, reforça a ideia de que as relações são transacionais e baseadas em ganhos materiais.

A música também pode ser interpretada como uma sátira à hipocrisia social e aos estereótipos associados às mulheres da favela. A personagem principal se apresenta como alguém que explora sua sexualidade de forma aberta e sem vergonha, desafiando as normas sociais que muitas vezes julgam e marginalizam mulheres por seu comportamento sexual. A canção, portanto, além de ser um retrato de uma realidade específica, serve como um comentário sobre as dinâmicas de poder, gênero e classe que permeiam as relações humanas nas comunidades menos favorecidas.