Troveiros
A novidade está no que foi esquecido
Pergunte ao olhar de quem vem voltando
Nada mais sério que a gente brincando
Com as somas dos erros se desmoronando
O que deixei foi pra poder voltar, está no que penso!
Está no barulho das águas do Rio Uruguai, no meu silêncio!
Permanece parte de mim nas pegadas da vinda
Naquele nó na garganta
Da minha terra, da minha vidinha, do meu interior
Cheguei de campanha de onde nos leva
Tranqueando ao passo pra alguém que me espera
Se me toca a bolada, dou boca à guitarra
Com ganas de versos abrindo as palavras
Troquei de mirada estendendo badana floreado de madrugada!
Queimando fora do angico, ao pé do ouvido
De águas passadas!
E aprendi com as rugas que o tempo esconde cicatrizes!
Que o amanhã ainda me trás
A minha terra, a minha vidinha, ao meu interior
Milonga parelha, milonga de campo raso
Nem vai ser carreira correndo pro abraço
O que corta a alma aprendeu a sorrir, segue na gente!
Tem a voz escrita lá fora onde mora, toda nascente!
Somos nossos amigos, dentro duma canção
Melodia avista
A nossa terra, a nossa vidinha, ao nosso interior
Milonga parelha, milonga de campo raso
Nem vai ser carreira correndo pro abraço