1968 (Nenhuma Tarde Ruim)

Leo Abreu / Mariana Diniz

Como num segundo
Tudo muda de gosto
E de repente vejo uma só cor


O inesperado
Rouba meu tempo
De entender o que faço e desafio a dor


Pra onde vou eu não sei
Só sei que a sensatez
Não faz parte do meu plano


Não há fuga nem pretexto
Dicionário ou apelo
E não há nenhuma tarde ruim


Pra onde vou eu não sei
Só sei que a sensatez
Não faz parte do meu plano


É quando não há sentido
É quando não há coerência
É quando nada está sob controle


Renasço a cada instante
Aprendo tudo de novo
E volto pro antes


Sem discurso nem hora certa
De entrar em cena


Improviso um instante
Presa no impulso
Agora ando livre

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