Pra Onde Vou
pulando os telhados
saltando obstáculos
gata malhada
mestiça selvagem
virando latas
sem casa
mirando as esquinas
nunca se senta de costas pra rua
minha alma nua na curva dos olhos o brilho
razão pras coisas não entendidas nunca
não entendidas nunca
não entendidas nunca
pra onde vou, sou diferente do cardume
pra onde vou, o controle não sou eu que assume
pra onde vou, vou seguir o rastro do perfume
pra onde vou, nesse mundo de inveja e ciúme
se te perguntar, ce diz que fui por aí
mas eu já cheguei resgistr€i e você nem me viu sair
permissivas as pontes
eu não durmo enquanto o sol não baixar
nunca vai me faltar munição
eu não deixo a caneta falhar
a razão eu insisto em guardar, pra não deixar cair e quebrar
e com a força da minha explosão
eu deixo você acreditar
(e com a faca e o queijo na mão, eu deixo você acreditar)
engulo a seco a sexta-feira
não sou a última, nem a primeira
eu vou dizer a noite inteira
que certeira é a dúvida
que perdura sem culpa
dentro de uma desculpa
numa caixa de som
numa caixa de som
numa caixa de som
pra onde vou, sou diferente do cardume
pra onde vou, o controle não sou eu que assume
pra onde vou, vou seguir o rastro do perfume
pra onde vou, nesse mundo de inveja e ciúme
se te perguntar, ce diz que fui por aí
mas eu já cheguei resgistr€i e você nem me viu sair