No País de Mestre Moa

A maré não tá pra peixe nem pra tirar onda
Um olho nos rato e outro na ronda
Sem fazer birra
Povo vive de gambiarra, agarrado na guerra que nem roqueiro na guitarra
Dando show de correria e o palco é a rua, onde o errado vira certo e o sol vira lua
População é a plateia, dançando com lobos, disputando um pedaço de alcatra com a alcateia
Aqui fora é safaria e se fere quem sofre, e o safado sai fora com a senha do cofre, e o Balanço Geral tá de olho, e vc me diz aí: como é que tá o môio?
eu sou uma montanha e dela extraio o minério pra minha rima ficar o aço, se sentimento vendesse ia virar traficante de tanta raiva que eu passo

Sempre atuo não tô á toa
Tudo o que eu quero é ficar de boa, mas se não é uma coisa é outra, aqui no país de Mestre Moa
Tirando leite de pedra, melhor que tirar pedra do rim, se a vida é um jogo a realidade vem de carrin, e a grama do outro campo é mais verde, mas acha que vai ser titular lá e acaba falando perrddiii, amigo eu não quero te convencer, eu só não quero ter um AVC com a veia do tamanho de um cano PVC enquanto na tv passa Mais Você, mas vamos que vamos, sobrevivemos ao que vimos, no desatino que detona destinos, no mundo real ou na internet, não quero matar um leão por dia, quero fazer ele virar meu pet, a gente trabalha igual cavalo, e ainda por cima leva coice, o símbolo do comunismo que eles querem é o martelo do juiz e aquela outra foice
Sempre atuo não tô á toa
Tudo o que eu quero é ficar de boa, mas se não é uma coisa é outra, aqui no país de Mestre Moa