Disritmia
Eu quero me esconder de baixo dessa sua saia pra fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir teu sangue pro meu coração que é tão vagabundo
Me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos
Me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos
Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Vem logo vem curar teu negro que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar, vem curar teu negro que chegou, que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar teu negro que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar, vem curar teu negro que chegou, que chegou de porre lá da boemia
Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Vem logo vem curar teu negro que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar, vem curar teu negro que chegou, que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar teu negro que chegou de porre lá da bo, lá da boemia
Vem logo vem curar, vem curar teu negro que chegou, que chegou de porre lá da bo, lá da boemia
Vem vem vem logo vem curar teu negro que chegou, que chegou de porre lá da bo, lá da boemia
Vem logo vem curar, vem curar teu negro que chegou, que chegou de porre lá da boemia
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez
Disritmia: O Apelo Amoroso na Poesia de Martinho da Vila
A música Disritmia de Martinho da Vila é uma verdadeira ode ao amor e à paixão, expressa através de uma letra que mistura metáforas e um pedido sincero de cura emocional. Martinho da Vila, conhecido por sua contribuição significativa ao samba e à música popular brasileira, utiliza a canção para explorar a intensidade dos sentimentos amorosos e a necessidade de proximidade com o ser amado como um refúgio para as adversidades da vida.
Na letra, o eu lírico expressa o desejo de se esconder sob a saia da amada e se embrenhar em seus cabelos, simbolizando um anseio por proteção e conforto. A transfusão de sangue é uma metáfora para a troca de energias e a conexão profunda que deseja estabelecer com a pessoa amada. O 'cafuné' e o 'dengo' são expressões de carinho tipicamente brasileiras, que reforçam a busca por um amor acolhedor e curativo.
A 'disritmia' mencionada no título e no refrão pode ser interpretada como uma metáfora para o descompasso emocional ou para os problemas que o eu lírico enfrenta, talvez relacionados à boemia e ao excesso de bebida, como sugere o verso 'que chegou de porre lá da boemia'. A música pede por uma espécie de exorcismo através do olhar da amada, que é visto como purificador e capaz de restaurar a harmonia interior. A repetição do pedido para que a amada venha curar o 'nego' enfatiza a urgência e a profundidade do apelo emocional, tornando Disritmia uma canção que ressoa com qualquer um que já tenha sentido a necessidade de ser salvo pelo amor.