GRAVETO
Vou ser sincero com você
Acho que pra’ mim já deu
Faz um tempinho que não sou seu
Até a cama percebeu
Que esfriou demais
E o seu toque não traz
Não adianta pôr graveto
Na fogueira que não pega mais
Não pega mais, não pega mais
Você virou saudade aqui dentro de casa
Se eu te chamo pro’ colchão, você foge pra sala
E nem se importa mais saber do que eu sinto
Poucos metros quadrados, virou um labirinto
Você virou saudade aqui dentro de casa
Se eu te chamo pro’ colchão, você foge pra sala
E nem se importa mais saber do que eu sinto
Poucos metros quadrados, virou um labirinto
Vou ser sincero com você
Acho que pra’ mim já deu
Faz um tempinho que não sou seu
Até a cama percebeu
Que esfriou demais
E o seu toque não traz
Não adianta pôr graveto
Na fogueira que não pega mais
Não pega mais, não pega mais
Você virou saudade aqui dentro de casa
Se eu te chamo pro’ colchão, você foge pra sala
E nem se importa mais saber do que eu sinto
Poucos metros quadrados, virou um labirinto
Você virou saudade aqui dentro de casa
Se eu te chamo pro’ colchão, você foge pra sala
E nem se importa mais saber do que eu sinto
A Chama que se Apaga: Uma Análise de Graveto de Marília Mendonça
A música 'Graveto', interpretada pela saudosa Marília Mendonça, é uma expressão melódica da dor e do desgaste emocional que acompanham o fim de um relacionamento. A letra da canção revela uma conversa íntima e sincera, onde o eu-lírico declara que o amor que antes existia entre o casal já não se sustenta mais. A metáfora do 'graveto' é utilizada para ilustrar tentativas inúteis de reacender uma paixão que já se extinguiu, evidenciando a ineficácia de esforços para salvar o que já está perdido.
A repetição do verso 'Você virou saudade aqui dentro de casa' ressalta a transformação do parceiro em uma memória, uma presença que agora é apenas ausência. A casa, antes um espaço de compartilhamento e intimidade, torna-se um 'labirinto', um lugar de distâncias e desencontros, simbolizando a complexidade e a confusão emocional que surgem quando o amor se desfaz. A fuga do colchão para a sala é uma representação física da distância emocional que agora separa o casal, onde o convite para a proximidade é constantemente rejeitado.
Marília Mendonça, conhecida como a 'Rainha da Sofrência', tinha a habilidade de transformar sentimentos universais de amor e perda em canções que tocavam profundamente o coração de seus ouvintes. 'Graveto' é um exemplo de como a artista usava sua voz e sua arte para narrar histórias de relações humanas de forma crua e verdadeira, criando uma conexão genuína com seu público. A música, assim como muitas outras de seu repertório, tornou-se um hino para aqueles que já sentiram a amargura de um amor que se esfria e a dificuldade de seguir em frente.