Fado-Mãe
Ai minha fonte, meu rio,
ai de água tão pura e bela,
nos seus olhos um sol
que é a minha janela.
Quem me dera ser o mar
para a embalar
e adormecê-la.
E não deixar seu corpo arrefecer,
agasalhar-lhe o peito em minha mão;
e não deixar o vento, a chuva, a mágoa,
a solidão na sua água,
mergulhar meu coração.
Quem me dera ser o mar
para a embalar e adormecê-la!
Nos seus olhos um sol
que é a minha janela.
Quem me dera ser o mar
para a embalar
e adormecê-la.
E não deixar seu corpo arrefecer,
agasalhar-lhe o peito em minha mão;
e não deixar o vento, a chuva, a mágoa,
a solidão na sua água,
mergulhar meu coração.
Quem me dera ser o mar
para a embalar e adormecê-la!