Adrenalina
Márcio Faraco
Adrenalina
Subiu o sangue, eu vi a ira
Passou rasteira, rabo-de-arraia
No chão, areia
Na mão fechada a veia, à vera
Vingança, eu vi vingança
No rosto o ódio, à traição
A lâmina na mão
O talho vermelho
O grito, a dor
Sirene, polícia
Segura! Sujeira! Separa!
Cada cabeça uma versão
Jogo, mulher ou bebida
Partilha de assalto
Disputa de ponto, lavagem da honra
Mas ninguém viu
Ninguém tava ali
E, se viu, já não tava mais e sumiu
Só eu que fiquei pra contar
Vieram me perguntar
Eu tive que dizer
Que o mengo perdeu
Morreu de desgosto.