Sem Nome
Só eu fui até ao mar dizendo-te uma orção
E entrando devagar nas ondas, turbilhão
Som de gente a comentar
Que ao ver o meu coração riam do meu azar
Mas não sei do que rirão
Se é humano ser assim
Que eu tento conquistar
Lugar p'ra me entender
Saber ficar, não amanhecer
Com vazio p'ra dar um nome
Um vazio p'ra dar um nome
Vozes sempre a divagar
Não sei que mais dirão
Pois deitei-as eu ao mar levou-as um vagão
Só eu sei como estancar o vaso da ilusão
Quando o corpo quer voar
Roubar-me os pés do chão é humano ser assim
Quando paz não se ausentar
Souber ou garantir
O seu lugar não me há de invadir
Um vazio p'ra dar um nome
Um vazio p'ra dar um nome