Capital

Mandrake

[Introdução]

Maldade rola no sereno
Nesse inverno a bala tá comendo
Na Barão mais um tá morrendo
Criança, mano, era bem pequeno

Asfalto quente do RJ
Mãe Terra que sofre e chora
O que cai lá de cima é dilúvio
Arca pra Babel do novo mundo

[Verso 1]

Confusão na comunicação
Deu ruim ao interagir o discernimento
Como disse Einstein:
A imaginação é mais importante que o conhecimento

Ele já tava certo faz uma cota
Que ia vir uma G de idiotas
Que se preocupam mais com IPhone
E terminam o dia fazendo fofoca

[Refrão]

Eu e meus manos que eu conto nos dedos
Num bar qualquer de esquina, um gelo
Vivência diária, não suga meu ledo
Pia safado que é bala de arrego

Rolé no bairro fazendo a ronda
O certo é o certo, pro errado é lona
Essas ruas tão tipo Sodoma
Estão sujas como Sodoma

[Verso 2]

sãoVi periférica dentro do carro
Daqui eu tô bem, tá loquitran
Vadia do lado fumando gudang
Com cara de quem mordeu a maçã

Me instiga até de manhã
Diz que não vai embora sem mim
Eu que não fico pra causar meu fim
Ela não quer minha mente sã

Quer ser capitã do meu capital
Gerenciar o meu idealismo
Fazer tu consumir o que é banal
Estratégia do capitalismo

Voando como pássaro, com visão de águia
Passageiro igual carcará, sem papas na lábia

[Refrão]

Falta verdade, jornal censurado
Sem senso nenhum e os cofres roubados
Vira privado dinheiro que é público
Concursado é só mais um súdito

Rolé no bairro fazendo a ronda
O certo é o certo, pro errado é lona
Essas ruas tão tipo Sodoma
Estão sujas como Sodoma

[Ponte-final]

Sigo no silêncio
Pois até calam quem fala demais
Não esqueça a consciência
E respeite os demais.

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