Calamidade pública
Acendo o cigarro dou um trago e a TV
Tão avexado não consigo entender
O que será que vai acontecer
E o que será que o chato do repórter vai dizer.
Mas uma vez a gasolina sobe o preço
E na subida vou mudando de endereço
E o que será quero ver quem vai me achar
Não é pra roubar, aumenta o prazo pra facilitar.
Olha o cafôfo é uma beleza,é um colosso
Ando tão magro aparecendo a pele e o osso
O que será? não tem dinheiro pra comer
Se procurar não acha nem um osso pro roer.
A geladeira do cafôfo é uma fartura
Já farta leite, a farinha, rapadura
E eu nem posso ri, por que quebrou a dentadura
Como fugir a dor da fome que nos faz fazer loucuras.
Esta funcionando assim, calamidade pública,
Principio de revolução na minha mente que às vezes senti
Com tanta, com tanta repressão.
Calamidade pública,
Principio de revolução na minha mente que às vezes senti
Com tanta discriminação.
Olha as crianças tão bonitas, tão nutridas
Barrida d´agua, companheira e as lombrigas
E só cobram de mim, uma outra alternativa
Pra enganar já estou fazendo um churrasco de lagartixa.
Olha o meu carro é do ano, irresistível
Economizo pois não uso combustível
É que empurro com as mãos pra ver real da comissão
Situação, nem todo mundo quer estender a sua mão.
Esta funcionando assim, calamidade pública,
Principio de revolução na minha mente que às vezes senti
Com tanta, com tanta repressão.
Calamidade pública,
Principio de revolução na minha mente que às vezes senti
Com tanta discriminação.