A Conta

Eu perambulei de bar em bar, e procurei sem descansar
A vagabunda que roubou meu coração, o passado tentei apagar
Cansei de me embreagar, tentando dar um fim a solidão
Linda, maravilhosa e vulgar, um alibido de matar
O seu perfume se entranhou no meu colchão
Lembro do ultimo olhar, vazio sem nada pra dar
Por que razão você foi me abandonar
Olhei pelo retrovisor e a vi parada sobre o luar
Sozinha e imovel dentro da calcinha
Minhas tripas retorceram, me senti doente, inutil, triste estava apaixonado
Era um riso louco e febril, e a quele jogo de quadril
os seios fartos generosos a saltar, mal cabiam no seu sutiã
eram macios como lã, quando os tinha em minhas mãos
nas luzes vermelhas de um bordel, ao som de um tamgo de gardel
você surgiu de novo pra me enfeitiçar

Vou lhe possuir sem emoção, e dessa vez faço questão
me mande a conta que eu vou lhe pagar

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