Final de Seca

Jayme Caetano Braum / Luiz Marenco

Prás bandas do poente, ergueu-se uma barra
Calou-se a cigarra, assim de repente
E um som diferente, ponteou de guitarra

Lá longe bem longe, faísca e troveja
Silêncio de igreja, com ecos de bronze
Nas preces do monge, no amém do assim seja

(Tropeando a lonjura, o tempo que berra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
E a chuva madura traz cheiro de terra

O tempo desaba, o mundo se adoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba, e tudo remoça
A seca se acaba, e tudo remoça)

Nas almas sedentas, não é diferente
As barras do poente, que se erguem violentas
Depois das tormentas, acalmam a gente

Se as safras perdidas, tivessem gargantas
Podiam ser santas, da searas da vida
São tão parecidas, as almas e as plantas

A seca se acaba, e tudo remoça
A seca se acaba, e tudo remoça

Curiosidades sobre a música Final de Seca de Luiz Marenco

Em quais álbuns a música “Final de Seca” foi lançada por Luiz Marenco?
Luiz Marenco lançou a música nos álbums “Filosofia de Andejo” em 1993 e “Meu Rastro 1” em 2012.
De quem é a composição da música “Final de Seca” de Luiz Marenco?
A música “Final de Seca” de Luiz Marenco foi composta por Jayme Caetano Braum e Luiz Marenco.

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